O ministro das Relações Exteriores angolano alertou para a necessidade de se "atacar as causas" do fenómeno dos refugiados e deslocados internos, tema central da cimeira da União Africana (UA) que arranca hoje em Adis Abeba. Para Manuel Augusto, é fundamental encontrar meios para atenuar as consequências deste flagelo.

"Deveremos continuar a lutar também para eliminar as causas, como a pobreza, a má distribuição da renda, as desigualdades em cada um dos nossos países, catástrofes naturais e a falta de políticas de Estado inclusivas", defendeu Manuel Augusto à margem da 32.ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da UA, na Etiópia.

Ficou também a saber-se pelo chefe da diplomacia de Luanda, que Angola é atualmente o sexto maior contribuinte da UA, com uma quota de 8 por cento do "orçamento regular" (de 280 milhões de dólares).

Segundo Manuel Augusto, em 2019 Angola vai contribuir com 27,6 milhões de dólares, dos quais 5,2 milhões destinados para o fundo de paz. Estes valores ficam apenas atrás das contribuições da Argélia, África do Sul, Egito, Nigéria e Marrocos, cuja quota é de 12 por cento. A UA junta os 55 Estados do continente.